terça-feira, 12 de novembro de 2013

DHONE MONTEIRO É ELEITO NOVO PRESIDENTE DO PCdoB DE OURICURI


O atual Presidente do SINDSEP (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ouricuri) Professor Dhone Monteiro foi eleito o novo presidente do PCdoB de Ouricuri.
O Partido realizou a Conferência Municipal no dia 14 de setembro de 2013 e na oportunidade foram escolhidos pelos filiados onze nomes para compor o Diretório Municipal.

No dia 12 de novembro do corrente ano os onze escolhidos na Conferência se reuniram para definir a composição dos cargos:
-Secretaria de Ação Institucional: Gerson de Alencar Lima
-Secretaria de Comunicação: Alan Almeida de Assis
-Secretaria da Juventude: Josevaldo Batista de Oliveira
-Secretaria de Mulheres: Espedita Ribeiro da Silva
-Secretaria de Movimentos Sociais: Laecio Lima da Silva
-Segunda Tesouraria: Cicero Ronaldo Pimentel Rodrigues
-Primeira Tesouraria: Maria Alves Alencar
-Segunda Secretaria: Izilda Maria Nunes Leite
-Primeira Secretaria: Analberga Maria de Oliveira Lino
-Vice-presidente: Gerson Linhares de Oliveira Filho
-Presidente: Dhone Monteiro Galvão

Dhone Monteiro substitui Dr. Anderson Aquino que presidiu o Partido até o 25 de setembro do ano em curso, quando pediu a sua desfiliação. Filiado desde maio de 2004, Dhone Monteiro foi candidato a vice-prefeito em 2008, compondo chapa com Dr. Anderson Aquino, enfrentando com coragem e determinação uma campanha sem recursos financeiros, que percorreu todo o município levando o nome do Partido e divulgando o plano de governo. Em 2012 mais uma vez participou ativamente das eleições como candidato a vereador, obtendo 133 votos. Na reta final da campanha, com a desistência do PHS, o PCdoB entrou como apoio ao grupo político liderado pelo PMDB, que ganhou as eleições. Atualmente o PCdoB faz parte da base aliada dos governos Federal, Estadual e Municipal. É o Partido político mais antigo do país, com atuação desde 1922, portanto, a 91 anos de história de luta em defesa do povo brasileiro. Em Ouricuri o Partido atua desde 2002 e vem crescendo rápido em importância e protagonismo na política local.
Dhone Monteiro disse: “Agradeço a todos do meu partido pela oportunidade de conduzir a nossa agremiação pelos próximos dois anos, darei o melhor de mim”, destacou.
Para Dhone Monteiro, o principal desafio como dirigente do PCdoB, é motivar os filiados para participarem mais das atividades do Partido. Outro ponto que considera importante é construir com outras forças políticas de Ouricuri, políticas públicas que possam ajudar o povo a viver melhor com proposta para a saúde, educação, transporte, água, moradia, segurança e esporte. Além disso, conseguir junto ao governo federal, estadual e de parlamentares (emendas) recursos para o nosso município.
Dhone ressalta que é necessário atrair indústrias para Ouricuri que possibilitem emprego imediato para a mão de obra, principalmente a do jovem. “Mas os empresários obsevam muitos quesitos antes de se instalarem em uma cidade, que talvez a nossa não disponha. Na falta de indústria temos que recorrer com mais ênfase ao poder público”-afirmou.
Ele observa que a expansão das universidades, aumentou o fluxo de estudantes de uma cidade para outra, que é favorável ao passe livre para os estudantes, garantia de transporte seguro e gratuito.
Entre as melhorias que defende para alavancar o desenvolvimento do município de Ouricuri, está a construção do distrito industrial com incentivos fiscais às empresas e indústrias que se instalarem com a contrapartida do emprego da mão de obra local.
Nossa cidade fica no coração da região do Araripe, é central, não podemos perder a oportunidade de construir representação política nossa, pessoas que conhecemos e confiamos, com histórico de lutas em defesa da sociedade.


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

SINDSEP/OURICURI: DIA HISTÓRICO - SINDSEP CONQUISTA PCC PARA TODOS O...


Dia histórico - SINDSEP conquista o Plano de Cargos e Carreiras-PCC para todos os servidores. 
Em Assembleia realizada nesta quarta-feira(28), o Prefeito Cezar de Preto apresentou a proposta do Poder Executivo de implantação gradual do PCC, sendo 1% para as faixas e de 2% para as classes em 2013. 
A proposta do SINDSEP enviada ao Executivo Municipal no início de agosto reivindicava a implantação gradual do PCC em três anos, chegando ao final de 2015 com a lei integralizada. O Executivo Municipal concordou com essa proposta, alterando apenas o percentual de classe de 3% para 2% e o valor de alguns salários. No geral foi uma grande conquista para os servidores. 
Ficou firmado o compromisso de após a realização do concurso público, que será lançado edital ainda este ano, voltar a negociar a melhoria dos percentuais do PCC e recuperação dos valores dos salários de alguns cargos.
A luta dos servidores foi intensa, a vários anos o SINDSEP tinha o PCC como bandeira principal de luta, por isso é um momento para se comemorar. 
Durante a assembleia o sentimento de felicidade envolveu a maioria dos servidores. Depois de 15 anos de espera, finalmente os servidores serão valorizados quanto ao seu tempo de serviço prestado ao município de Ouricuri.
Serão beneficiados mais de 700 servidores ativos atuais e os novos servidores que virão através do concurso público.
Os aposentados e os pensionistas com paridade também serão contemplados pelo PCC e depois de tanto tempo de trabalho finalmente serão enxergados pelo poder público municipal. O PCC vai melhorar o salário de todos e principalmente dar mais qualidade de vida aos servidores.
O Prefeito Cezar de Preto havia anunciado a sua intenção de implantar o PCC depois do concurso público, porém conseguimos chegar ao consenso de implantação antes do certame, o que consideramos um avanço na negociação. 
O envio do projeto de lei à Câmara de Vereadores será na próxima semana, possivelmente votado na sessão do dia 06/09/2013, podendo os servidores receberem os benefícios já no pagamento de setembro/2013.
A insistência e determinação do SINDSEP foi fundamental para esta conquista, também foi importante a participação dos servidores nos eventos em defesa do PCC. 

Em relação aos professores, o Prefeito Cezar de Preto se comprometeu em negociar com o SINDSEP já no mês de setembro/2013 um incentivo financeiro para o professor regente, aquele que trabalha em sala de aula.
O SINDSEP apóia a criação desse incentivo, pois entende que o docente que está no dia-a-dia em sala de aula merece um tratamento diferenciado daquele que está em desvio de função.
Para os demais professores há uma negociação de recuperação dos percentuais da tabela do PCCR de forma gradativa que está sendo considerada, faz parte da pauta de reivindicações e será tema na próxima reunião com o Executivo.

O processo que tramitava na justiça desde 2009 perdeu o seu interesse-utilidade, visto que pedia apenas o reconhecimento por parte da Prefeitura da ascensão funcional dos servidores. 
Com a implantação do PCC, todos os servidores ganharão ascensão profissional conforme o tempo de serviço de cada um prestado ao município, isso corrige uma injustiça administrativa e paga uma dívida histórica do município para com os servidores, principalmente com os servidores mais antigos. 
No mês de setembro/2013 possivelmente todos os servidores receberão seus salários em conformidade com a sua tabela de vencimentos, cada um deve ficar atendo para não perder as progressões, que são as mudanças de faixas a cada dois anos e meio e as mudanças de classe que ocorrem a cada dez anos. Na dúvida devem procurar o Sindicato para maiores esclarecimentos.
ABAIXO AS TABELAS DO PCC

TABELA DE GANHOS DO PLANO DE CARGOS E CARREIRAS - PCC

1- Auxiliar de Serviços Gerais e Auxiliar de Mecânico: reajustes de 6 a 19 por cento
2- Auxiliar Administrativo, Auxiliar de Serviços de Saúde, Auxiliar de Serviço Administrativo: reajustes de 8 a 27 por cento
3- Auxiliar de dentista: reajustes de 16 a 32 por cento
4- Operador de Equipamentos, Mecânico, Motorista, Agente de Contabilidade, Agente Arrecadador, Agente Administrativo e Agente de Saúde:reajustes de 25 a 50 por cento
5- Agentes Comunitários de Saúde: reajustes de 7 a 19 por cento
6- Técnico Contábil: reajustes de 63 a 86 por cento
7- Médico Veterinário e Assistente Social: reajustes de 52 a 70 por cento
8-Dentista: reajustes de 75 a 100 por cento
9-Médico: reajustes de 106 a 135 por cento


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

ESTRUTURA DAS ESCOLAS ADOECE OS PROFESSORES


“O ambiente escolar me dá fobia, taquicardia, ânsia de vômito. Até os enfeites das paredes me dão nervoso. E eu era a pessoa que mais gostava de enfeitar a escola. Cheguei a um ponto que não conseguia ajudar nem a minha filha ou ficar sozinha com ela. Eu não conseguia me sentir responsável por nenhuma criança. E eu sempre tive muita paciência, mas me esgotei.”
Alan Sampaio / iG Brasília
Estrutura escolar adoece professores e leva a abandono da profissão
O relato é da professora Luciana Damasceno Gonçalves, de 39 anos. Pedagoga, especialista em psicopedagogia há 15 anos, Luciana é um exemplo entre milhares de professores que, todos os dias e há anos, se afastam das salas de aula e desistem da profissão por terem adoecido em suas rotinas.
Para o pesquisador Danilo Ferreira de Camargo, o adoecimento desses profissionais mostra o quanto o cotidiano de professores e alunos nos colégios é “insuportável”. “Eles revelam, mesmo que de forma oblíqua e trágica, o contraste entre as abstrações de nossas utopias pedagógicas e a prática muitas vezes intolerável do cotidiano escolar”, afirma.
O tema foi estudado pelo historiador por quatro anos, durante mestrado na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Na dissertação O abolicionismo escolar: reflexões a partir do adoecimento e da deserção dos professores , Camargo analisou mais de 60 trabalhos acadêmicos que tratavam do adoecimento de professores.
Camargo percebeu que a “epidemia” de doenças ocupacionais dos docentes foi estudada sempre sob o ponto de vista médico. “Tentei mapear o problema do adoecimento e da deserção dos professores não pela via da vitimização, mas pela forma como esses problemas estão ligados à forma naturalizada e invariável da forma escolar na modernidade”, diz.
Luciana começou a adoecer em 2007 e está há dois anos afastada. Espera não ser colocada de volta em um colégio. “Tenho um laudo dizendo que eu não conseguiria mais trabalhar em escola. Eu não sei o que vão fazer comigo. Mas, como essa não é uma doença visível, sou discriminada”, conta. A professora critica a falta de apoio para os docentes nas escolas.
“Me sentia remando contra a maré. Eu gostava do que fazia, era boa profissional, mas não conseguia mudar o que estava errado. A escola ficou ultrapassada, não atrai os alunos. Eles só estão lá por obrigação e os pais delegam todas as responsabilidades de educar os filhos à escola. Tudo isso me angustiava muito”, diz.
Viver sem escola: é possível?
Orientado pelo professor Julio Roberto Groppa Aquino, com base nas análises de Michel Foucault sobre as instituições disciplinares e os jogos de poder e resistência, Camargo questiona a existência das escolas como instituição inabalável. A discussão proposta por ele trata de um novo olhar sobre a educação, um conceito chamado abolicionismo escolar.
“Criticamos quase tudo na escola (alunos, professores, conteúdos, gestores, políticos) e, ao mesmo tempo, desejamos mais escolas, mais professores, mais alunos, mais conteúdos e disciplinas. Nenhuma reforma modificou a rotina do cotidiano escolar: todos os dias, uma legião de crianças é confinada por algumas (ou muitas) horas em salas de aula sob a supervisão de um professor para que possam ocupar o tempo e aprender alguma coisa, pouco importa a variação moral dos conteúdos e das estratégias didático-metodológicas de ensino”, pondera.
Ele ressalta que essa “não é mais uma agenda política para trazer salvação definitiva” aos problemas escolares. É uma crítica às inúmeras tentativas de reformular a escola, mantendo-a da mesma forma. “A minha questão é outra: será possível não mais tentar resolver os problemas da escola, mas compreender a existência da escola como um grave problema político?”, provoca.
Na opinião do pesquisador, “as mazelas da escola são rentáveis e parecem se proliferar na mesma medida em que proliferam diagnósticos e prognósticos para uma possível cura”.
Problemas partilhados
Suzimeri Almeida da Silva, 44 anos, se tornou professora de Ciências e Biologia em 1990. Em 2011, no entanto, chegou ao seu limite. Hoje, conseguiu ser realocada em um laboratório de ciências. “Se eu for obrigada a voltar para uma sala de aula, não vou dar conta. Não tenho mais estrutura psiquiátrica para isso”, conta a carioca.
Ela concorda que a estrutura escolar adoece os profissionais. Além das doenças físicas – ela desenvolveu rinite alérgica por causa do giz e inúmeros calos nas cordas vocais –, Suzimeri diz que o ambiente provoca doenças psicológicas. Ela, que cuida de uma depressão, também reclama da falta de apoio das famílias e dos gestores aos professores.
“O professor é culpado de tudo, não é valorizado. Muitas crianças chegam cheias de problemas emocionais, sociais. Você vê tudo errado, quer ajudar, mas não consegue. Eu pensava: eu não sou psicóloga, não sou assistente social. O que eu estou fazendo aqui?”, lamenta.
Em Ouricuri o quadro de adoecimento de professores e professoras é preocupante. O SINDSEP vem registrando ano após ano o aumento de docentes afastados da sala de aula por algum problema de saúde. São problemas físicos, como renite alérgica, calos nas cordas vocais, dores na coluna, nas articulações e cabeça; também problemas neuro-psicológicos, como depressão, estresse, fobias e distúrbios de fundo nervoso.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho - OIT a profissão de professor é uma das mais desgastantes. Lidar com o público, no caso, os alunos é o agravante para o aparecimento de doenças psicossomáticas, pois o grau de responsabilidade é muito grande, preparar aqueles alunos no padrão estabelecido pela sociedade.
A dinâmica educacional mudou muito ao longo do tempo e os alunos já não mantém o mesmo respeito pelo professor como antes. Porém os alunos mal comportados não são os únicos culpados pelos problemas psicológicos dos docentes. O excesso de trabalho também conta pontos para o desgaste mental.
O professor é desvalorizado, o salário é insuficiente para garantir a sua sobrevivência, levando-o a ter duplas ou triplas jornadas, não sobrando tempo para o lazer, para o descanso.
Essa situação leva o professor ao desânimo profissional que pode ser traduzido em agressividade excessiva, descontrole emocional e estresse. Uma vez diagnosticado o professor deve encarar o tratamento. 
Isso tudo significa o afastamento da sala de aula e a imediata contratação do substituto, gerando uma despesa em dobro para o sistema educacional, que é o verdadeiro culpado dessa situação, devendo portanto, encontrar a solução do problema.