Em muitos estados brasileiros, quando uma criança pequena está desnutrida,
logo se imagina que ela possa estar com o Mal de Simioto. Também
chamado de Doença do Macaco, ele já é antigo no conhecimento da cultura
regional, embora careça de evidências médicas.
A condição não é reconhecida pela Medicina, inexistindo também estudos
científicos sobre ela. Tudo o que se comenta é que pode estar
relacionada a parasitas e que tratamentos alternativos seriam a melhor forma de
enfrentá-la.
Cuidados com a alimentação são essenciais para evitar a desnutrição
infantil.
O
que é o Mal de Simioto?
O Mal de Simioto corresponde a uma série de sintomas que fazem parte de
um quadro de desnutrição crônica. As causas podem estar relacionadas com
má alimentação ou parasitas. Além disso, pode ter origem na alergia ao
leite de vaca, em especial a
uma substância nele presente, chamada caseína.
A Doença do Macaco ganhou esse nome na cultura
brasileira em razão da aparência do enfermo. Pessoas próximas relataram que os
doentes tinham a feição de um macaco, apresentando magreza extrema.
Desde então, acredita-se que o Mal de Simioto possa atingir qualquer
pessoa, embora ele se manifestasse de forma mais comum entre crianças
pequenas, nos primeiros meses e anos de vida.
Sintomas
atribuídos ao Mal de Simioto
São duas as formas esperadas para a manifestação da condição:
1- CLÁSSICA: é caracterizada por diarreia crônica, desnutrição, anemia
não curável, emagrecimento, falta de apetite e distensão abdominal (barriga
inchada).
Outros sintomas relatados são abortos de repetição, glúteos atrofiados,
vômito (refluxo), dor abdominal, osteoporose, esterilidade, pernas e braços
finos e apatia.
2- NÃO CLÁSSICA: manifesta-se através de alterações
gastrointestinais não tão aparentes. Os sintomas mais visíveis incluem
anemia, irritabilidade, fadiga, baixo ganho de peso e estatura, prisão de
ventre, constipação intestinal crônica, manchas e alterações do esmalte dental,
esterilidade e osteoporose antes da menopausa.
A grande quantidade de sinais relatados pode ser atribuída à própria
inexistência de embasamento científico sobre a doença. Por essa razão, a medicina
tradicional não irá diagnosticar e tratar o Mal de Simioto, mas
atacará os sintomas que afetam a saúde da pessoa que se acredita estar
acometida pela condição.
De forma geral, a maioria dos tratamentos para combater a doença estão
relacionados à medicina alternativa. Dependendo da região do Brasil onde ela
ocorre, diferentes ervas e chás são empregados. É comum as
pessoas recorrerem a figuras como benzedeiras e curandeiras.
Mas é importante sempre buscar auxílio médico especializado.
Vale lembrar que a desnutrição é uma condição grave. Então, se você ou seu
filho tiver qualquer um dos sintomas relacionados ao Mal de Simioto, procure
ajuda profissional imediatamente.
Desnutrição
infantil é ameaça à saúde
No Brasil, a incidência da desnutrição na infância tem diminuído nas
últimas décadas. Segundo o Ministério da Saúde, o percentual de óbitos por
desnutrição grave, em nível hospitalar, se mantém em torno de 20%.
A desnutrição infantil grave pode ser fatal. É importante acompanhar de
perto o peso e o desenvolvimento da criança, sempre buscando o apoio médico
quando qualquer anormalidade for identificada.
Outro fator importante para uma criança bem nutrida é manter o aleitamento
materno até a idade recomendada, cerca de seis meses. Infelizmente, de
acordo com o Ministério da Saúde, apenas 10% das crianças brasileiras são
amamentadas até essa idade.
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