O ser humano sempre produziu lixo. Porém, no início
dos tempos as pessoas se alimentavam de frutas, raízes e caça. Os resíduos eram
jogados no solo e seguiam o ciclo natural de apodrecimento, sem nenhum impacto
nocivo ao meio ambiente.
Chegamos a sete bilhões de habitantes na Terra,
quanto mais gente, mais lixo e a limpeza urbana tornou-se uma preocupação
séria. A acumulação de sujeira é inevitável, faz parte do mundo atual. A
questão urgente é como vamos lidar com isso?
Estudos científicos comprovam que o lixo é um dos
grandes causadores de doenças e com a industrialização os resíduos tornaram-se
resistentes à decomposição.
Combater os lixões, tornar a coleta do lixo e do
esgoto mais eficiente e democrática, criar aterros sanitários, implantar coleta
seletiva do lixo com a participação dos catadores e principalmente envolver a
população nessa problemática do lixo são questões que apontam para rumo certo a
seguir.
No Brasil são produzidos 61 milhões de toneladas de
lixo por ano. Cada brasileiro produz em média um quilo de lixo por dia. Cerca
de 80% dos resíduos coletados são jogados em locais inadequados, o que oferece
risco a saúde e contamina o meio ambiente. Sem falar no lixo não contabilizado
que fica espalhado pelas ruas, terrenos baldios, rios e oceanos.
Atualmente o lixo brasileiro é tido como um dos
mais ricos do mundo. Porém não está sendo dada a devida importância às questões
relativas à coleta e destinação adequada dos resíduos.
A reciclagem é fortemente sustentada pelos
garimpeiros do lixo (catação informal do tipo “formiguinha”) e os poucos
programas criados pelo poder púbico, muitas vezes em parecia com os catadores,
também têm se difundido, mas de forma tímida.
Entre os principais méritos da reciclagem estão o
de reduzir o volume de lixo de difícil degradação, o de contribuir para a
economia de recursos naturais, prolongar a vida útil dos aterros sanitários, o
de diminuir a poluição do solo, da água e do ar e o de evitar o desperdício, contribuindo
para a preservação do meio ambiente.
O poder público tem feito muito pouco pela causa,
falta vontade política dos gestores. É imprescindível a aplicação com rigor da
Lei Federal nº. 12.305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Somente assim, com uma cobrança mais eficaz dos órgão de controle, fixando
prazos e aplicando sansões administrativas e penais, poderemos avançar em
políticas públicas que visem um melhor gerenciamento dos resíduos sólidos, redução
à quantidade e nocividade desses resíduos, eliminando os prejuízos à saúde
pública e qualidade de vida ao planeta, ajudando formar uma consciência
ambiental junto à comunidade.
Todos nós somos responsáveis pelo lixo que geramos.
Enquanto cidadãos, devemos conduzir de forma responsável a destinação dos bens
e materiais que não queremos mais. Isto vale para qualquer pessoa, principalmente
para as empresas ou pessoas jurídicas, seja do setor publico ou privado.
Temos o dever moral de defender o planeta desta
grave fonte de poluição o “Lixo”. Mas estará o homem do terceiro milênio, da
era da modernidade, capacitado para realizar tarefas aparentemente simples como
a de dar destinação adequada ao lixo produzido por todos os cantos do mundo?
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